segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

  • O QUE FAZER PELA JUVENTUDE EXPOSTA A TODO TIPO DE INFLUÊNCIAS DENTRO DA MÍDIA TECNOLÓGICA?
  • ATÉ QUE PONTO A MÍDIA EDUCA E DE QUE MODO?
A PARTIR DA RESENHA QUE ELABOREI NO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO, LANÇO AQUI ESTE QUESTIONAMENTO PARA QUE POSSAMOS DISCUTIR CONJUNTAMENTE E APRESENTAR SUGESTÕES PARA QUE SE PENSE A EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DOS NOSSOS ALUNOS DE MANEIRA A FORMAR CIDADÃOS CRÍTICOS E CONSCIENTES QUE SAIBAM ESCOLHER NO UNIVERSO DE INFORMAÇÕES QUE A TECNOLOGIA LHES OFERECE, O QUE IRÁ CONTRIBUIR PARA O SEU BENEFÍCIO, OU SEJA "SEPARAR O JOIO DO TRIGO".
A RESENHA: CARACTERÍSTICAS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA, SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE E IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO.
Estamos vivendo uma época de constantes mudanças, em que a velocidade das informações compara-se a uma avalanche de conhecimento, na qual as pessoas nem conseguem assimilar tudo o que chega até elas. A educação passa por muitas mudanças e procura reestruturações e novas propostas pedagógicas para acompanhar o ritmo dessa evolução avassaladora. Os alunos vêm para a escola, já carregados de informações provenientes das mídias, principalmente a televisão, da internet e dos games. O desafio maior para o educador é: como lidar com tudo isso? Até que ponto a mídia educa e de que modo? Sendo a mídia notoriamente um instrumento de construção da realidade, atua e interfere fundamentalmente neste processo, sobretudo quando abriga interesses preestabelecidos. As telenovelas detêm a maior parcela dessa influência que permeia de forma direta o cotidiano das pessoas criando tendências e expressões. “Das diversas teorias de comunicação de massa, há uma que explica como as pessoas atentam para o conteúdo da mídia, percebem seu significado, adquirem conhecimentos do conteúdo a que foram expostas e utilizam esses conhecimentos para reagir a seu ambiente físico social – a teoria da persuasão, ou seja, o emprego deliberado do conteúdo da mídia para modelar e controlar essas reações” (Defleur e Rockeach, 1993, p. 290). Uma das suposições dessa teoria é que “fatores cognitivos são influências relevantes no comportamento humano. Por conseguinte, se esses fatores puderem ser mudados, então, com certeza o comportamento poderá ser mudado. Tal suposição encerra a torturante possibilidade de que informações habilmente projetadas fornecidas pelas comunicações de massa, podem ser usadas eficazmente para controlar a conduta humana. Este controle em potencial tem sido um temor para os críticos da mídia e um alvo prioritário para os que desejam utilizar as comunicações de massa com essa finalidade” (Defleur e Rockeach, 1993, p. 294). No âmbito da educação a evolução dos meios de comunicação de massa constitui importante instrumento na difusão do conhecimento. Porém, como frisa Gadotti (2000, p. 4), “a educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem, a da televisão e a da informática, particularmente a linguagem da Internet. A cultura do papel representa talvez o maior obstáculo ao uso intensivo da Internet, em particular da educação à distância com base na Internet. Por isso, os jovens que ainda não internalizaram inteiramente essa cultura adaptam-se com mais facilidade do que os adultos ao uso do computador. Eles já estão nascendo com essa nova cultura, a cultura digital.” As novas tecnologias criaram novas oportunidades e novos espaços educativos. Onde há um computador conectado à Internet abre-se um espaço para o conhecimento Temos as instituições de ensino à distância que estão trazendo soluções inovadoras para a aquisição de um curso superior e a formação continuada sem sair de casa. Gadotti (2000) salienta que é preciso políticas públicas adequadas e de iniciativa e participação mais intensa e organizada da sociedade. Afirma ainda que “o acesso à informação não é apenas um direito. É um direito fundamental, um direito primário, o primeiro de todos os direitos, pois sem ele não se tem acesso aos outros direitos” (2000, p. 8) Pretendo afirmar com estas considerações, que a mídia representa uma faca de dois gumes, onde há o lado bom e o mau. É necessário discernimento para separar o joio do trigo. O que fazer pela juventude exposta a todo tipo de influências? Esse é um debate que já existe, e que tem rendido boas discussões. Cabe aos produtores de mídia pensar a sociedade que estão modelando, pois eles próprios fazem parte desta mesma sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEFLEUR, Melvim L. e Rockealch, Sandra Ball. Teorias da comunicação de massa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 5ª ed., 1993.
GADOTTI, MOACIR. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em Perspectiva, Jun 2000, vol.14, nº.2, p.03-11.
FERREIRA, Maria Alice Silveira. Cultura de massa, televisão e telenovela. Jurisciência, 16/08/2008.

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TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO